Flores de todas as cores e tamanhos enfeitavam a bela copa. Os frutos eram avermelhados e alaranjados. A curiosidade da princesa foi novamente aguçada quando ela reparou que havia um graveto esbranquiçado que ficava na ponta de cada galho. Eram pequenos, pareciam de papel, da grossura de um dedo polegar. O que seria aquilo? Ela se deu conta de que alcançava em um dos intrigantes gravetinhos e num só golpe tirou-o da árvore. Cheirou, olhou e o gato também tentou “decifrar” o que seria aquilo. Para a surpresa dos dois, uma das pontas começou a esquentar. Era sutil o calor, mas quando ela se deu por conta o gravetinho de papel havia se acendido, porque certa fumaça começou a sair e um cheirou começou a exalar. Era um cheiro estranho, peculiar, até um pouco forte, mas a princesa resolveu colocar a ponta apagada na boca e começou a puxar a fumaça. O cheiro ficou mais forte ainda, a brasa aumentou e ela começou a tossir com a fumaça. O gato tentou reconhecer o cheiro, mas numa tentativa frustrada, cafungou aquele cheirinho novamente porque achou gostoso tal odor. Hummm, aquela fumaça densa tinha um ótimo gostinho, pensou a princesa e sem esperar, sentou escorada no tronco da árvore, debaixo daquela vasta sombra. Colocou o gato de forma confortável em seu colo e curtiram a fumaça daquele gravetinho. O gato parecia ter gostado, assim como a princesa e por alguns minutos eles se esqueceram do bosque desconhecido, da cidade grande, do tropeço inexplicável, dos frutos e flores na árvore e ficaram concentrados naquela fumaça desconhecida. Uma brisa gostosa começou a soprar, umas flores caíram sobre os dois, o perfume das mesmas tomou conta do ambiente e a princesa desenfreou a rir. Sem saber muito bem o porquê uma alegria exacerbada tomou conta dela, ela dava gargalhadas, falava alto, afinal, tudo o que ela queria estava acontecendo. Ela estava experimentando muitas coisas novas, estava conhecendo vários lugares desconhecidos e as sensações eram todas interessantes. Ela tinha a certeza de que o inusitado tiraria a monotonia de sua vida e do seu castelo de nuvens. E quanto mais ela se sentia alegre, mais ela fumava o gravetinho. Conseqüentemente ela ria mais, falava mais alto e o gato parado estava adorando tudo aquilo. Aquela sombra tinha sido providencial. Quanta alegria! A princesa relaxou de vez, deitou e não parou de gargalhar. Gargalhou até começar a doer sua barriga. Os dois não entendiam de onde vinha tanta alegria, mas a graça foi maior do que a lógica. Algumas flores caíram de forma a enfeitar seu lindo vestido azul de bolinhas. Alguns frutos também caíram, um pouco fora da sombra da árvore, mas a princesa não conseguia fazer nada a não ser gargalhar.
Nota: Qualquer semelhança é pura veracidade. Não baseado em fatos reais.
Nota: Qualquer semelhança é pura veracidade. Não baseado em fatos reais.
Um comentário:
Ah se essa árvore existisse... haveria gravetinhos para todos???
Ou a princesa desencastelada já teria liquidado com tudo?? :P
eheheheh
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