quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Eu preciso dividir isso...

Sou fã de carterinha do Fernando Meirelles, vi a Julianne Moore pagando pau pra ele ao vivo e a cores e depois que trabalhei na produtora dele o admiro ainda mais!!!! Preciso dividir parte dessa entrevista no meu blog:

Revista de CINEMA - A O2, produtora da qual é sócio, tem lançado alguns filmes com outros diretores. A produtora tem um objetivo na área cinematográfica? Que linha de projetos vocês pretendem desenvolver?
FM - Em 2006, fechamos um acordo com a Universal para produzirmos três filmes por ano. Então abrimos as portas da O2 para diretores de fora. Na crise de 2008, a turma que assinou o contrato conosco foi demitida lá em Los Angeles e o acordo não foi renovado. Com isso puxamos o freio de mão. Nosso foco agora é basicamente produzir os filmes e projetos para TV dos diretores da casa, que são 18. Não são poucos projetos. Recentemente, fomos sondados por dois grupos internacionais interessados em comprar a O2 e transformá-la num miniestúdio, multiplicando o volume de produção de longas, entrando pesadamente em TV e em outras áreas de entretenimento. Os três sócios foram unânimes na decisão de recusar as propostas. Optamos por ficarmos menores e fazermos apenas os filmes ou programas de TV que gostaríamos de assistir. A vida é curta e já estamos muito velhos para cairmos na armadilha de trocar nosso tempo por dinheiro. Pessoalmente, ando cada vez mais avesso a essa obsessão generalizada de que tudo deve crescer sempre. O planeta já está mais do que ocupado, não há espaço disponível para mais crescimento, temos que aprender a viver com menos. Esse é o verdadeiro desafio. E já que saí da pergunta mais uma vez vou até o fim: falar em acelerar o crescimento em 2010 me soa completamente anacrônico, se não maluco, é uma visão de mundo do século XX, envelhecida. Por isso votarei na Marina Silva, que compreende que há áreas que precisam ser desenvolvidas, mas outras não. Não interessa uma estrada ligando Manaus à Rio Branco, não interessa (a usina hidrelétrica) Belo Monte, não interessa a transposição do São Francisco e assim por diante. Se o Brasil fosse um projeto de filme, eu diria que os dois candidatos mais fortes, Serra e Dilma, seriam os produtores, peças fundamentais, pois são quem faz acontecerem as coisas; a Marina seria uma diretora, pois entra com a visão. No mundo ideal, ela deveria ser eleita presidenta por ter uma visão e convidar a dupla de candidatos/produtores para integrar seu ministério.

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