Ana Maria foi apresentada à Jorge Henrique e a primeira coisa que reparou nele foi suas mãos. Ela poderia ter reparado nos olhos, na boca carnuda, no queixo desenhado, mas as mãos sempre foram objetos de maior desejo em sua imaginação. Com seu olho quase clínico, Ana Maria pôde medir que as belas mãos de Jorge Henrique envolveriam perfeitamente seus 2 seios arredondados e ardentes. Ao lembrar, no ônibus, voltando para casa, deu uma risadinha de canto, quase que com vergonha de tal pensamento. Corou-se... Com vergonha ou não, ela havia sentido as mãos dele envolvendo seus seios, tocando seu pescoço, mexendo seus cabelos, alisando sua pele e aliás... Ela sorriu novamente, dessa vez de forma mais relaxada, mas... se ela havia imaginado essa porção de coisas, mal poderia lembrar o que ele havia dito durante o tempo em que estavam sendo apresentados. Ela perdeu-se em seus devaneios, em suas saudáveis perversões, em suas belas grandes mãos. Mas também as bobas palavras não são importantes, muitas vezes elas são até mentirosas. As sensações é que são diferentes. As sensações registram o que não é dito, o que realmente deve ser entendido... Essas nunca se enganam. Ela com certeza saíra de lá com muitas sensações gravadas em sua pele. Em sua imaginação. Num suspiro profundo ela se dá conta de que havia passado da parada que teria que descer. Uns dois pontos mais ou menos... Meio extasiada, correu até a porta do ônibus e tocou a campainha. Se segurou e sorriu...
Aquelas mãos...
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