E não é que o espírito natalino tomou conta de mim? Esperanças se renovaram, aprendizados foram recebidos, mensagens foram passadas, verdades reveladas e: Jingle Bell. Fui até Papai Noel... Nã, nada de Mamãe Noel gostosa de sainha e cinta liga, Papai Noel mesmo. Duvido que eu tenha enganado meu irmão/afilhado de 9 meses, os bebês têm uma melhor percepção de mundo, mas minha irmã de 3 anos acreditou que eu era de fato o Papai Noel que vinha diretamente do Polo Norte de trenó. Um puta calor debaixo daquela barba branca, mas tudo bem. rsrsrs A Cari dava risada, a Isadora ficou envergonhada, meu pai me olhava como quem diz: "Barbaridade, essa minha filha só pode ter uns parafusos a menos. Ela ganha dinheiro com isso?", ele também apresentava um certo sarcasmo no olhar como quem diz: "eu sei que é ela!", mas até aí, ele tinha razão, a Claudinha batia fotos, seu João apreciava tudo em silêncio e eu... coloquei uma barriga véia e desenvolvi um novo tom de voz e um novo caminhar em 5 minutos. Lenço no pescoço para esconder a tatuagem, Papai Noel fashion de óculos de sol, luvas da maçonaria do pai para esconder as unhas vermelhas da Vivi e afins, mas o bom do improviso é justamente o desenvolvimento da criatividade em momentos de grande pressão. Meu coração batia forte dentro do banheiro dos fundos, para que a espertinha da Isadora não me descobrisse lá. A Cari entrava e saía do banheiro, rindo de um lado para o outro e meu coração batia. Ia ser tão frustrante se eu falhasse em enganar a Isadora quanto ao sonho natalino do bom velhinho trazer presentes de Natal por ter se comportado o ano todo. Ah, também não esqueci do novo linguajar... Um bom ator nunca pode esquecer desse importantíssimo detalhe. Aliás, os detalhes são tudo nessa profissão. ;) Em breve, brevíssimo irei postar uma foto do meu Papai Noel de 1,60m. E voltando à Mamãe Noel gostosa de cinta liga, façam as conclusões que bem entenderem, mas é muito mais inteligente, interessante e desafiador ser um Papai Noel de barba branca e barriga, do que ser uma gostosa como outra qualquer... Certo?! Eu nunca conseguirei ser uma mortal como outra qualquer, ache isso egocêntrico.
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