terça-feira, 29 de setembro de 2009

Produtores de cinema tentam definir a fórmula do sucesso de filmes no Brasil

A discussão desta tarde no Rio Market, evento que faz parte da programação do Festival do Rio, foi uma tentativa de explicar à plateia como fazer um filme de sucesso no Brasil. O presidente da Conspiração Filmes, Leo Monteiro de Barros, defendeu que é essencial que haja um bom roteiro.

"Há três coisas importantes para que seja feito um bom filme: história, história e história", brincou ele, que mostrou a lista dos 23 filmes de maior bilheteria no Brasil. Leo destacou que, entre estes, não havia nenhum longa com baixo orçamento, o que corresponde a cerca de R$ 1 milhão.

A produtora Paula Lavigne, da Natasha Filmes, afirmou que, além do roteiro, o filme deve ter o lançamento bem planejado. Ela lembrou o caso do longa ‘Meu tio matou um cara’, que estreou em janeiro de 2004.

"Como já tinha dado certo no ano anterior com 'Sexo, amor e traição', decidimos lançar em janeiro, mas teve o tsunami e ninguém saía de casa para ir ao cinema. As bilheterias caíram 70%", comentou ela.

Mas Paula também citou um caso onde a surpresa foi boa. Inicialmente, o filme 'Lisbela e o Prisioneiro' foi lançado com 70 cópias distribuídas pelo país, mas chegou a ter 210.

A presidente da Total Filmes, Iafa Britz, concordou com os demais presentes na mesa, mas afirmou que o sucesso de um filme é "um conjunto de variáveis" que inclui ainda elenco e direção.

Responsável pelo blockbuster 'Se eu Fosse Você', Iafa revelou detalhes da produção do filme. Ela contou que o filme tinha outro roteiro e teria como protagonistas Cláudia Abreu e Márcio Garcia. Três dias antes do início das filmagens, porém, a atriz desistiu do papel. "Hoje, eu agradeço a ela", disse a produtora.

Rafaella Javoski

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