quarta-feira, 14 de novembro de 2007

e por falar em espanhóis... Frederico García Lorca

Poeta espanhol nascido em Fuente Vaqueros, província de Granada, cuja obra constitui um dos pontos altos da poesia espanhola do século XX. Após sobreviver uma infância marcada por graves e consecutivas enfermidades, estudou direito e literatura, inicialmente em Granada e depois (1919), em Madri. Nessa época aproximou-se dos grandes nomes da vanguarda artística espanhola e tornou-se amigo íntimo de Salvador Dalí, Manuel de Falla, Luis Buñuel e Rafael Alberti. Com a publicação de Libro de poemas (1921) despertou a atenção da crítica, e passou (1925) a colaborar em várias revistas literárias madrilenhas, sobretudo em La Gaceta Literaria e na Revista de Occidente. A crítica o consagrou em definitivo após a publicação das Canciones gitanas (1927). No ano seguinte publicou Romancero gitano (1928), para muitos a maior de suas obras poéticas, e ingressou na galeria dos grandes nomes da poesia espanhola. Esteve em Nova York (1929), como bolsista da Universidade de Colúmbia, e fez ainda uma viagem a Cuba.

Regressou à Espanha (1931) e fundou e passou a dirigir o importante grupo teatral universitário La Barraca (1932). Visitou países da América Latina (1933), onde fez brande sucesso como poeta e, sobretudo, como dramaturgo e conferencista em países como Brasil, Argentina e Uruguai. Socialista convicto sem nunca ter sido comunista, havia tomado posição a favor da República e, aos 38 anos, foi preso por ordem de um deputado católico direitista que justificou sua prisão sob a alegação de que ele era mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver. Em seguida foi executado pelos Nacionalistas franquistas em Víznar, com um tiro na nuca, perto de Granada, em 19 de agosto (1936), numa execução que teve repercussão mundial. Nesta ocasião o general Franco dava início à guerra civil espanhola. Como poeta destacou-se com as publicações Poema del cante jondo (1931), Llanto por Ignacio Sánchez Mejías (1935), Seis poemas gallegos (1935), Poeta en Nueva York (1940) publicado em livro postumamente, no México.

Como dramaturgo iniciou sua bem sucedida carreira aos 22 anos, em Madri, com a encenação de El maleficio de la mariposa, peça à qual se seguiram Mariana Pineda (1927), La zapatera prodigiosa (1930), Así que pasen cinco años (1937) e Doña Rosita la soltera o El lenguaje de las flores (1935) e alcançou seu auge com a trilogia, essencialmente trágica, formada por Bodas de sangre (1933), Yerma (1934) e La casa de Bernarda Alba (1936), esta escrita na maior parte em prosa e talvez sua melhor peça.


Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco en el mar
y el caballo en la montaña.
Con la sombra en la cintura,
Ella sueña en su baranda.
Verde carne, pelo verde,
Con ojos de fría plata.
Verde que te quiero verde.
Bajo la luna gitana,
Las cosas la están mirando
y ella no puede mirarlas.


Cordel para Frederico García Lorca

por Gustavo Dourado

...
Publicou suas Canciones
Em Ediciones Litoral
Dedicou a seus amigos
Uma poesia sem igual
Lorca fez sua História:
No universo literal...

Federico genialma:
Simpático e sedutor
Expressiva efusão
De um poeta trovador
Caudaloso...Originário:
Luminoso En.Cantador...

Cultivou luz e pureza
Alegria, liberdade
Lorca fluiu fantasia
Jorrou criatividade
Amor-arte-transcendência:
Poesia da fraternidade...

Lorca vate impetuoso
Clamoroso, cambiante
Mágico, misterioso
Inspirado, triunfante
Mítico e fabuloso:
Infineterno diamante...

Não se mata la justiça
A poesia não se rende
Lorca conquistou o mundo
Um poeta não se prende
Não se mata o pensamento:
Arte não se repreende...

O Fascismo é uma chaga
Que oprime a humanidade
A poesia nos liberta
Voa com a liberdade
Lorca encantou-se pássaro:
Nas plagas da eternidade...

Em Lorca sinto Cervantes
Baudelaire, Gil e Camões
Bach, Mozart e Chopin
Em suas mágicas canções
Góngora, Quevedo, Goethe:
Lorca nas transmutações...

Poesia, prosa e teatro
O Poeta empreendeu
Casa de Bernarda Alba
A Quimera amanheceu
El Romancero Gitano:
Yerma nos concebeu...

LLanto por Ignácio Sanchez Mejias:
Teatro, poesia e prosa
Retabeillo de Don Cristobal
La Zapatera Prodigiosa
Poética da infinitude:
Dramaturgia primorosa...

Los Titeres de Cachaporra
Amor de Perlimplin com Belisa
Poeta em Nueva York
Mariana Pineda nos avisa
Poema del Cante Jondo:
Lido em Granada e Pisa...

Libro de Poemas, El Publico:
El malefício de la mariposa
El Paseo de Buster Keaton
En su jardin la raposa
Lorca poeta transeterno:
Inscreva-se em sua lousa...

Asi que pasen Cinco Años
La Doncela, El Marinero y El Estudiante
Primeras Canciones, Poemas Sueltos
Lorca sempre irradiante
Bodas de sangre na alma:
Ser poeta multiamante...

Divan da Tamarit
Os Cantares Populares
Seis Poemas Galegos
A ressoar pelos ares
Doña Rosita La Soltera:
Nas ruas, cafés e bares...

Impresiones Y Paisages
El Canto Primitivo Anadaluz
Cartas e Otras Páginas
À poesia no conduz
Lorca nos mares da vida:
Aos uni.versos de luz...

Entrevistas e Declaraciones
Poesia de arrepiar
Estampilla e Juguete
Lorca a nos fazer sonhar
Obra - prima encantadora:
Faz Lorca ressucitar...

O poeta não morreu
Está em encantamento
Não se mata a poesia
Lorca é puro sentimento
Vôo célere pela vida:
Nas ondas do pensamento...

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