quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sinto que nada sinto - não é mera semelhança.

As vezes sinto demais, outras sinto nada e algumas vezes pressinto.
Um emaranhado.
Estagnação.
Sinto como se não fizesse parte daqui.
Sinto como se tivesse que voltar para casa.
Renovação, indecisão.
...
Olho pra trás e vejo que uma certa doçura foi-se embora.
Fico saudosista.
De mãos atadas.
Sem poder de resolução e ação.
Sem poder...
Sinto um véu que cai sobre meu rosto, sobre meus ombros.
Fico de joelhos.
Existe uma estranha sensação de que já passei por aqui antes.
Devo estar perdida andando em círculos.
Signos...
E aquele calor que acalenta a alma se vai.
Só o pensamento já faz falta.
A real é que dói meu estômago.
É isso, devo procurar um médico!
Um não, dois!
Tomar remédios, fazer tratamentos, seguir as instruções direitinho.
E tudo isso sempre com um acompanhamento para ter uma mão a qual segurar.
Poder...
Não confie nele.
Esqueça que ele pode te ajudar.
Esqueça quem é ele.
Esqueça que você veio dele.
Doces são os mortos que se passam por santos.
Doces são os sórdidos que se passam por brancos.
Esqueci como a vida pode ter um gosto doce.
Como pode alguém agir assim? Coitadinha...
Coitadinhos dos fracos também.
Coitados daqueles que se enganam.
Mas também, qual a vantagem em não se enganar?
Qual ?
Arisca. Fria. Medrosa. Triste. Desencantada.
Olhar cabisbaixo... deve ser falta de sol.
É isso, vou procurar um médico!
Prometo remediar tudo direitinho.
Ignorância.
Pobreza de espírito.
Falta de voz ativa e idéias próprias.
Falta de caráter.
Sonho com o encaixe, com a montagem.
Um passe de mágica.
Abra-te sésamo.
Sonho com um encontro.
Os desencontros me perseguem...
Sonharam comigo...
Eu quero sonhar o mesmo sonho que você.
Desabafo.
Descarrego.
Tenho a sensação de estar andando em círculos, devemos perguntar:
Aonde é a saída , por favor?
Aonde é a saída?

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